Crítica do filme 1917 (2019) dos diretores Sam Mendes e Roger Deakins

1917 é um filme dirigido pelo Sam Mendes, que já dirigiu outros filmes como Beleza Americana e 007 – Operação Skyfall, e com os atores principais Dean-Charles Chapman e George MacKay, mas com participação especial de grandes nomes como Colin Firth, Andrew Scott, Mark Strong, Benedict Cumberbatch e Richard Madden. Porém o destaque fica para o diretor de fotografia Roger Deakins que, junto com o montador Lee Smith, conseguiram contar a história do filme no que parece ser um único plano sequência.

O roteiro do filme é bem simples, dois jovens soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial recebem uma missão impossível: entregar uma mensagem para um batalhão que está levando 1.600 homens, incluindo o irmão de um deles, diretamente para a morte em uma armadilha do exército alemão.

Crítica do filme 1917 em vídeo no YouTube

O que eu achei do filme 1917 (2019) do diretor Sam Mendes

Eu saí do filme 1917 impressionado e, posso dizer, até atordoado. Fique bastante tempo com a tensão de acompanhar a missão dos soldados no meio das trincheiras, inglesas e alemãs, além de passagens no que é chamado de “terra de ninguém” (em inglês “no man’s land“), aqueles territórios onde nenhum dos dois exércitos ainda tomou posse.

Seguir os passos dos dois personagens a todo momento, sem cortes visíveis, substitui a falta de aprofundamento da características de cada um, ou mesmo, o desenvolvimento de suas histórias. No final do filme, você fica tão próximo deles como se fosse um filme dramático com foco em tramas e diálogos.

E é essa característica técnica que realmente merece destaque.

As quase duas horas de filme, mas especificamente 119 minutos, apresentadas num único plano sequência traz a mesma sensação de quando se joga um vídeo game. Até mesmo por ter vários ângulos de câmera onde você é posto atrás dos atores, o filme remete a quando você está no controle.

Existem alguns momentos no roteiro em que ele toca o absurdo, seja por coincidências ou pela própria impossibilidade de sobrevivência, encontros e desencontros, porém o filme 1917 é uma das experiências cinematográficas mais interativa de se assistir, uma experiência em que coloca o expectador dentro da história que está sendo contada.

Leia nossa Crítica do Filme “Blade Runner 2049 (Blade Runner 2049, 2017)” também do diretor de fotografia Roger Deakins.

Cartaz brasileiro do filme 1917 (2019) do diretor Sam Mendes

Trailer do filme 1917 | 2019